sábado, 8 de dezembro de 2012

VAI UM COPO DE LEITE AÍ?

“Vai um copo de leite aí?” Mas não é pra beber não, é pra deixar a sua casa mais bonita ainda. Pequenas ideias, grandes negócios. É com esse conceito na cabeça que a Vila Dias oferece ao Sul de Minas mais uma grande opção de renda para pequenos e médios produtores, a plantação de Copos de Leite Coloridos. A atratividade toma conta dos olhos, dá um certo aroma de tranquilidade e rende bons frutos. Quem deu início à produção e venda em escala dessa planta afirma que o sistema para o plantio do Copo de Leite Colorido (Zantedeschia color), além de Dálias e Narcisos, pode ser um investimento de sucesso. O copo de Leite colorido é uma flor que se origina apenas em jardins e não em produção, tudo o que se deve fazer é desenvolver um sistema para que essa planta se adapte em forma de volume e que se expanda como uma verdadeira plantação em escala. Segundo técnicos, o objetivo não é a venda da própria flor em questão, mas do bulbo (uma espécie de batata que nasce na raiz do Copo de Leite) nas três espécies. O primeiro passo, para quem está com a renda apertada para investir, é adquirir estas plantas em campanha, pedindo na casa de amigos e conhecidos, depois dividir e multiplicar as plantas e os bulbos até formar a tão ousada produção de Copos de Leite Coloridos.
 
                Várias empresas brasileiras já estão interessadas na compra destes bulbos, já que nas outras regiões o clima desfavorece seu plantio. De acordo com Joaquim Tadeu, em regiões quentes uma espécie de doença ataca os Copos de Leite fazendo-os com que morram completamente se forem multiplicados. A solução seria multiplicá-los em regiões frias e fazer o replantio em regiões quentes.  O Custo para o plantio é relativamente baixo, a área pode ser pequena, dependendo apenas de bons cuidados com o local, trazer bem capinado e os canteiros  sempre limpos, não há necessidade de banhos ou quaisquer agrotóxicos. O processo é 100% natural. O preço pago pelos bulbos é muito bom, dependendo da negociação poderá valer várias dezenas de reais cada um.
 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

PISTAS BMX

Olhem só essas pistas:






Vamos fazer qual na VILA DIAS?

TIJUCO PRETO



O TIJUCO PRETO, antigo nome da VILA DIAS, é uma argila de cor preta, meio acinzentada, considerada medicinal.

Após a escavação de um poço para aTILAPICULTURA,  pode-se perceber na foto abaixo, retirada na VILA DIAS, a presença desse rico barro, com o qual se constrói paredes de SUPERADOBE, confecciona-se peças artesanais (bijuterias) ou utilitárias (pratos, panelas e potes), além de seu uso estético.

Um exemplo de parede de SUPERADOBE, com a qual se pode fazer, inclusive, casas:

BANHEIRO SECO


terça-feira, 13 de novembro de 2012

DAR O PEIXE OU ENSINAR A PESCAR?

A questão proposta pelo velho ditado "dar o peixe ou ensinar a pescar?" nunca esteve tão em alta no Brasil como nos últimos tempos. Com um enorme potencial de água disponível, 12% da água doce do planeta e um litoral de mais de 8 mil quilômetros, é possível criar com fartura, de forma controlada, peixes, crustáceos (camarões etc.), moluscos (mexilhões, ostras, vieiras etc.) e algas, entre outros seres vivos.
 
Mercado é o que não falta. O consumo de pescado está em alta no mundo inteiro. O pescado é um alimento saudável e cada vez mais procurado pela população, em todas as faixas de renda. Já as algas são um bom exemplo da diversidade de aplicação dos produtos e subprodutos do setor aquícola. Elas são empregadas desde na alimentação à fabricação de produtos cosméticos e fármacos.
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o consumo anual de pescado de pelo menos 12 quilos por habitante/ano. O brasileiro ainda consome abaixo disso.
 
Entretanto, houve um crescimento de 6,46 kg para 9,03 kg por habitante/ano entre 2003 e 2009. O programa “Mais Pesca e Aquicultura”, do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), previa o consumo de 9 kg por habitante/ano apenas em 2011. Portanto, esta meta foi atingida com dois anos de antecedência.
 
A previsão é de que até 2030 a demanda internacional de pescado aumente em mais 100 milhões de toneladas por ano, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A produção mundial hoje é da ordem de 126 milhões de toneladas. O Brasil é um dos poucos países que tem condições de atender à crescente demanda mundial por produtos de origem pesqueira, sobretudo por meio da aquicultura.
 

Segundo a FAO, o Brasil poderá se tornar um dos maiores produtores do mundo até 2030, ano em que a produção pesqueira nacional teria condições de atingir 20 milhões de toneladas. A VILA DIAS está de olho na possíbildiade de formar uma COOPERATIVA  para a TILAPICULTURA no SUL DE MINAS. E o CHEFE DA VILA já pensa em diversificar os pratos desse peixe para estimular o seu consumo que, além de muito saudável, pode ser uma delícia. Olha só esse filé de tilapia com molho de amoras e cachaça, acompanhado de spaghetti de legumes e shitake grelhado. Hummmm...


 

     

domingo, 11 de novembro de 2012

SERÁ QUE DÁ PARA ACABAR COM A FOME NO MUNDO?

Pessoalmente, acredito que caminhamos para um tempo no qual, dispondo de tanta tecnologia e inteligência como dispomos, a fome poderá facilmente ser extinta do mundo. Por outro lado, há tantos interesses políticos em jogo, tantos interesses econômicos dos mesmos grupos sociais de sempre, que me envergonha, como ser humano, a foto com a qual JOSÉ DE SOUZA MARTINS ilustrou seu artigo, APETITES MANIQUEÍSTAS, abaixo reproduzido. "O menino e o abutre", foto de KEVIN KARTER, lembrou-me uma passagem de Vidas Secas, de GRACILIANO RAMOS. No romance da década de 30, o pai, Fabiano, um migrante sertanejo que foge com a família da fome e da seca nordeste, fica em dúvida se abandona o filho mais novo aos urubus ou se o carrega no colo. Vence o amor e o pai carrega a criança. A foto de Karter é mais crua, o menino do Sudão está sozinho e o abutre espera ao seu lado. Mais de 60 anos separam a denúncia do escritor brasileiro de 30 da denúncia dessa foto, Prêmio Pulitzer em 1993 e, no entanto, o tema ainda é atual. Em 1930 acreditava-se que o futuro traria novas tecnologias que possibitariam acabar com a fome no mundo todo. Esqueceram de dizer que seria possível, sim, se houvesse VONTADE POLÍTICA E ECONÔMICA. Afinal, as novas tecnologias estão aí, há muito tirando dinheiro do bolso do povo tolo com celulares e redes computacionais a custos superfaturados e serviços ineficientes, enquanto a fome parece não ter retrocedido muito. Decididamente, não é uma questão de tecnologia, nem portanto de endeusar o agronegócio, mas, antes, uma questão de ética. Se tem um tema sobre o qual devemos nós, o povo, nos voltarmos nos tempos futuros é sobre a ÉTICA. Ética de mercado, ética política, ética na produção de alimentos, bens e serviços, ética econômica, ética da gestão da coisa pública, ética digital, médica, entre tantas outras. Também a nossa ética de cada dia, a do bom cidadão, honesto e participante, que infelizmente o cauto povo confunde muito com moral, moralismo, personalismo, politiquismo, reacionarismo. Nunca foi tão fácil adquirir conhecimento como nos últimos tempos com a revolução das redes sociais, nunca tão fácil mobilizar grupos; entretanto, nunca se viu um tempo de gente tão estupidificada. Estude, entenda o mundo que o cerca, tenha vontade de ação, aja, pode ser um mínimo gesto, mas temos a nosso favor o fato incontestável de sermos muitos, enquanto eles são poucos. Mas quem eles são mesmo? Essa a questão!

APETITES MANIQUEÍSTAS

Na perspectiva maniqueísta que domina hoje as formas vulgares do pensamento social existe a fome da esquerda e existe a fome da direita. Na esquerda, a fome se mata com reforma agrária e preservação de costumes agrícolas tradicionais das populações camponesas, verdadeiro capital cultural que a Revolução Verde jogou no lixo. Na direita, a fome se mata com o agronegócio, a concentração da propriedade e a modernização tecnológica da agricultura em grande escala, substituindo trabalhador por máquina, fertilizante e agrotóxico.
 
Na esquerda, a agricultura familiar mata a fome dos famintos. Na direita, a agricultura extensa mata antes a fome do mercado. É possível estender a ladainha por um grande número de itens comparativos sem saciar a fome política de nenhum dos dois grupos nem, principalmente, fazer com que o pão nosso de cada dia chegue de fato ao prato raso dos famélicos da terra.
 
A polarização retornou à pauta dos assuntos pendentes no correr dessa semana. O MST, e o grupo de entidades que em torno dele se articula, soltou um manifesto em que questiona, com indignação e medo, dizem, artigo publicado no Wall Street Journal por José Graziano da Silva (o brasileiro que é diretor-geral da FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação) e Suma Chakrabarti (o indiano que é presidente do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento).
 
O artigo tem o título provocativo de Fome por Investimento e o subtítulo, mais provocativo ainda, de O Setor Privado Pode Dirigir o Desenvolvimento Agrícola em Países que mais o Necessitam. Provocativo para quem vê o assunto da perspectiva do calor úmido de um barraco de acampamento de sem-terra, mas que de fato não lê o Wall Street Journal senão através de intermediários que não passam necessariamente fome. No entanto, desafiador e instigante para quem vê o assunto com óculos de cifrões no conforto de um escritório bem mobiliado e ar condicionado de Wall Street.
 
Quem lê o manifesto do MST tem a impressão de que, em Roma, o petista José Graziano não tem outra coisa a fazer senão maquinar a demolição das propostas ideológicas da entidade que o julgava amigo, o que ele é. Quem lê o artigo publicado no jornal das altas finanças internacionais tem a impressão de que o intuito de seus autores é bem outro: o interlocutor não é o MST nem o MST está nos horizontes de quem publica artigo nas páginas especializadas em economia do Wall Street Journal.
 
A comparação entre os dois documentos mostra claramente que Graziano e Chakrabarti falam de uma coisa e o MST fala de outra. O medo do MST é a subjacente doutrina do favorecimento do agronegócio na ocupação das terras agrícolas do mundo. O medo de Graziano e Chakrabarti é o de que as urgências das crises internacionais, provocadas pelo capital especulativo, minimizem ainda mais a FAO e seu já claudicante papel no desenvolvimento econômico. Se há tensão política nas crises tópicas recentes na Europa, há também tensão política na crise crônica das populações agrícolas, em especial no Terceiro Mundo.
 
 
 
A terceira via de Graziano e Chakrabarti é, sem dúvida, a de atrair o grande capital para a agricultura nos países que dispõem de extensos territórios férteis em desuso ou usados em cultivos arcaicos e ineficientes. O apelo dos dois autores, tendo em conta os poderes que representam, se baseia no primado da produtividade lucrativa. Por essa via, haveria produção, exportação, emprego. Haveria, também, melhora nas condições de vida dos agricultores. Como tudo que se orienta para a terceira via, o artigo é confuso e escamoteia questões essenciais.
 
A camisa de 11 varas de Graziano já ficara exposta na entrevista que deu à revista alemã Der Spiegel, em 16 de janeiro. Acossado pelas jornalistas, que trataram com sarcasmo suas ideias para resolver o problema da fome no mundo, confrontando-as com as objeções do agronegócio, reconheceu que o problema da fome muito deve à interferência especulativa do capital financeiro no comércio de commodities.
 
Tanto no documento do MST quanto no artigo de Graziano e Chakrabarti a disputa é quanto à propriedade dos meios de produção na agricultura: a família agrícola ou o agronegócio. A fome é aí uma fome puramente teórica. É, pois, na mesma lógica econômica que das incongruências do artigo de Graziano e Chakrabarti se dá conta o MST, quando questiona: “Não mencionam em momento algum que as cifras oficiais mostram que nos três países mencionados (Rússia, Ucrânia e Casaquistão) a produtividade é muito mais alta nas terras em mãos de camponeses que naquelas em mãos do agronegócio”.
 
Portanto, os verdadeiros personagens do triunfo agrícola não são os mencionados e cortejados pelos autores do artigo. Mas se poderia dizer, também, que a fome que os preocupa e preocupa o MST não é a mesma daquela menininha sudanesa, faminta, fotografada em 1993 por Kevin Karter (Prêmio Pulitzer), enquanto um abutre ao seu lado esperava o momento de saciar a própria fome.
* José de Souza Martins é sociólogo, professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo de domingo (23).

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

DE OLHO NO CLIMA

O aumento da temperatura global provocará um aumento da evaporação de solos e alteração no balanço dos rios e dos mares. Essa alteração pode levar a uma redução do cultivo de plantas de clima temperado no Brasil. Haveria uma redução de geadas no sul, sudeste e sudoeste do país, o que beneficiaria culturas adaptadas ao clima tropical nessas áreas.

Com base em dados do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), formado por especialistas do mundo inteiro, cientistas que trabalham no Projeto Ivam (Impactos, Vulnerabilidade e Adaptação da Petrobras às Mudanças Climáticas) junto com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias) regionalizam resultados para avaliar os efeitos do aquecimento global em estados e municípios.

Você aí, produtor, sabe qual é o resultado dessa pesquisa aqui para a nossa região de Campestre, no sul de Minas Gerais?

sábado, 25 de agosto de 2012

JARDINS COMESTÍVEIS EM HORTAS MANDALAS

 
 
Jardins são locais onde plantamos flores e folhagens a fim de embelezar o entorno de nossas casas. Mas podemos aproveitar estes espaços para produzir alimentos, plantas medicinais e aromáticas, assim os jardins além de bonitos podem ser úteis.

Desta forma é possível associar a função paisagística de um jardim as nossas necessidades diárias como a produção de temperos, chás, verduras, legumes e frutas entre outras plantas úteis ao cotidiano.

As diferentes formas, tipos e composição de plantas formam um bonito jardim, diversificado e útil. Podemos consorciar as plantas observando as diversas formas de raízes e arquitetura das plantas, aproveitando melhor os espaços dando uma utilidade maior para o nosso jardim.
 
 
 
 

COMPOSTAGEM

O “Lixo” da Horta

Toda Horta e Jardim irá gerar uma grande quantidade de resíduos orgânicos, como restos
de culturas, ervas invasoras e restos de podas.

Todo esse material pode e deve ser compostado (colocado para curtir) para ser
transformado em composto orgânico que é essencial para o desenvolvimento dos
vegetais.

O processo de compostagem nada mais é o resultado do trabalho dos microorganismos
(bactérias) que irão transformar todo o material orgânico em húmus, material rico em
macro e micro nutrientes e com VIDA.

Esse composto será o melhor aditivo ORGÂNICO que sua horta irá receber.
Para manter o processo em funcionamento não deixe secar, mas não deixe encharcar e
mantenha-o arejado, retirando sempre que possível o material já processado pelo fundo
do tambor.

Você irá identificar facilmente o material pronto pois será muito parecido com terra preta
tanto na textura quanto no aroma.

IMPORTANTE: O PROCESSO DE COMPOSTAGEM NÃO EXALA MAL CHEIRO E NÃO
ATRAI INSETOS, CASO ISSO ESTEJA ACONTECENDO O PROCESSO ESTÁ
ERRADO E DEVE SER REAVALIADO

A Seguir vamos aprender como construir uma composteira em um tambor de plástico e
como acondicionar os resíduos orgânicos de forma que se transformem num excelente
aditivo para sua horta.

Primeiramente você vai precisar de um tambor de plástico de tamanho proporcional ao de
sua horta ou jardim, no exemplo utilizamos um tambor de 200 litros.

HORTA ORGÂNICA DOMÉSTICA

FERRAMENTAS, UTENSÍLIOS E INSUMOS

Para manter uma horta, por menor que seja, serão necessárias algumas ferramentas,
utensílios e insumos agrícolas.

A lista apresentada a seguir tem como objetivo listar os materiais de uso comum.
Esses materiais são fáceis de se encontrar em lojas de jardinagem a preços bem
acessíveis.

Dependendo do tamanho de sua horta alguns não serão necessários, portanto o bom
senso terá que prevalecer quando for fazer sua aquisição.

IMPORTANTE: Dê sempre preferência a utilizar insumos orgânicos de empresas
especializadas e evite utilizar terra preta em sua horta, pois pode conter pragas e
doenças.

Com relação às ferramentas mantenha-as sempre limpas para que não se transformem
em veículo de transmissão de doenças entre as plantas.

 
UTENSÍLIOS:

· Luvas

· Barbante / Fitilho

· Balde de plástico

· Bandeja plástica grande

· Bandeja para produção de mudas

· Mangueira

· Regador

· Pulverizador

INSUMOS:

· Composto orgânico

· BOKASHI – Adubo orgânico concentrado

· Açúcar mascavo – para produção de adubo foliar

· Húmus de minhoca – para produção de adubo foliar

· Sulfato de cobre – para produção da calda bordalesa

· Composto Orgânico

IMPORTANTE: Não utilize os utensílios da sua cozinha em suas atividades de jardinagem.

 
FERRAMENTAS:

· Enxada

· Enxadão

· Rastelo / Ancinho

· Pá curva

· Pá de corte

· Sacho

· Jogo de ferramentas pequenas para jardim – Escarificador / Colher de jardim / Arrancador de inço

· Carrinho de mão

· Transplantador

· Tesoura de poda

 

SOSOL ASBC

Este manual faz parte de um dos projetos da Sociedade do Sol, denominado Aquecedor

Solar de Baixo Custo ou simplesmente ASBC. O ASBC é um projeto para livre utilização da

população, cuja tecnologia, por sua simplicidade, não é patenteável. Seus principais objetivos

são: melhoria social, preservação ambiental, conservação de energia, possibilidade de

geração de empregos, economia financeira familiar e nacional (8 a 9% da demanda elétrica) e

redução de emissões do gás estufa - CO2. Assim, as informações deste manual podem ser

utilizadas e repassadas para outros interessados na montagem de um sistema ASBC.
 

As principais características do sistema ASBC são: possibilidade de manufatura em

regime de "bricolagem" (autoconstrução) e o uso de material de baixo custo encontrado em

lojas de construção. Com o auxílio do presente manual o leitor irá conhecer as peças, as

ferramentas e os complementos necessários para realizar a montagem de um sistema ASBC

com capacidade de aquecimento de 200 litros de água, que poderá atender a demanda de

água quente para banho de uma família de 4 a 6 pessoas.

 
A Sociedade do Sol acredita que assim estará colaborando para que essa família

reduza seus gastos com energia elétrica em pelo menos 30% dos valores atuais de consumo,

ampliando sua auto-estima com o prazer de poder produzir em sua casa grande parte da

energia térmica utilizada no banho.

 
Esperamos que o leitor consiga manufaturar (construir) seu sistema ASBC somente com

as orientações disponíveis neste manual. Caso tenha dificuldades, a SoSol se coloca à

disposição por meio de contato telefônico ou e-mail para colaborar nos esclarecimentos das

eventuais dúvidas. Por outro lado, caso tenha interesse em conhecer melhor esse projeto o

leitor está convidado a participar de um curso promovido nas instalações da SoSol, onde

entre outras informações aprenderá detalhadamente a manufatura do sistema ASBC.


NÓS, DA COLMEIA DE SABERES, APOIAMOS ESSA IDEIA E DIVULGAMO-NA PARA TODOS OS INTERESSADOS.

A ORQUÍDEA E O ZANGÃO

As abelhas têm uma vida atarefada, visita centenas de flores por dia e transporta o néctar para a colméia. Quando chega a primavera, os zangões procuram uma parceira. Para isso, confiam na visão e no olfato.

Mas existe uma flor mais esperta que o zangão e finge que é uma abelha pra chamar sua atenção, a orquídea.

Várias orquídeas silvestres precisam enviar “encomendas” de pólen para outras orquídeas. As abelhas são os mensageiros ideais. Mas visto que elas não tem um néctar gostoso para oferecer, têm de recorrer a uma isca. Elas tomam a forma e exalam um aroma de abelha fêmea. O zangão fica todo assanhado e tenta se acasalar com a flor.

Cada espécie de orquídea tem seu próprio disfarce e aroma.

MALLORCA

Quando o zangão percebe o engano, a orquídea já depositou o pólen pegajoso no seu corpo. Ele sai voando, mas acaba sendo enganado por outra orquídea, que recebe o pólen. E assim vai passando de flor em flor.
Depois de vários enganos desses, o zangão aprende que não se pode confiar nas orquídeas.
A essas alturas, ele provavelmente já terá polinizado algumas flores.

Como essas orquídeas irracionais adquiriram o cheiro e o aspecto corretos para enganar as abelhas, isso só a Mãe Natureza saberia dizer.
OPHHRYS SCOLOPAE
 



HISTÓRIA SURPREENDENTE DAS ABELHAS I

 
A abelha é um membro da família
 
As abelhas, que trazem riqueza natural como cera, mel, entre outros produtos, eram consideradas importantes na família, tanto quanto o criador. Por isso, existe um velho costume de relatar as abelhas nos acontecimentos importantes dentro da família. Na Inglaterra, quando o criador morre, relata-se minuciosamente a causa da morte após bater 3 vezes a colmeia com a chave da casa, e envolve-se a colmeia com pano preto, indicando o luto. Dizem que se deixar de cumprir o ritual, as abelhas que estão chorando pela morte fogem do ninho ou se suicidam em massa. Estes costumes foram observados também na tribo indígena Ozaak nos Estados Unidos da América. Parece que tais costumes vieram junto com a civilização Europeia.
 
Na Inglaterra, quando a filha do criador vai casar, precisa relatar às abelhas e é necessário apresentar claramente o nome do noivo, senão as abelhas ficam iradas e atacam as pessoas. Estes exemplos podem dizer que o relacionamento psicológico com as abelhas persiste na Europa, onde a criação de abelhas é bastante praticada.
 
(Publicação: Masayasu Konishi (1992), “História Cultural dos Insetos”, Jornal Asahi

AQUECEDOR SOLAR DE BAIXO CUSTO

PROJETO ABELHA SEM FERRÃO

O Projeto ABELHA SEM FERRÃO da COLMEIA DE SABERES CAMPESTRE/MG tem como objetivo:

1o.) Promover o Intercambio e Cooperação Técnica para a informação, difusão e salvaguarda da cultura das abelinhas nativas indígenas sem ferrão na região sul do Brasil;

2o.) Vamos testar, durante o segundo semestre de 201..., a adaptação dessas abelhinhas na nossa região (CAMPESTRE/SUL DE MINAS) e, futuramente, trocar as abelhas africanas por essas, que qualquer pessoa pode cuidar sem perigo.

PROPOSTAS PRÁTICAS

COLMEIA DE SABERES AUTO-SUSTENTÁVEIS/CAMPESTRE-MG
 
Buscamos essas técnicas e propomos, até 2016, COLMEIA DE SABERES AUTO-SUSTENTÁVEIS CAMPESTRE/MG a realização de mais da metade delas. Interessados em fazer parte desse projeto, entrar em contato pelo email: colmeiadesaberes@gmail.com
 
Técnicas de construções rurais;
- construções com materiais naturais locais
- técnicas tradicionais, ancestrais e inovadoras de contrução (COB, pau-a-pique, adobe, super adobe, taipa, bambu, etc)
- construções com design passivo solar
- construções com materiais reciclados
- construções de baixo custo
- construções pelo proprietário ou mutirão
- energias renováveis e bioenergias
- captação de água da chuva
- cisternas autoconstrutivas
- telhados vivos
- aplicação de design permacultural nas construções rurais
- ferramentas manuais
Técnicas de saneamento básico;
- coleta e armazenagem da água da chuva
- circulos de bananeiras
- filtros de tratamento biológico
- reuso e reciclagem da água doméstica
- câmara de evapotranspiração
- banheiro seco e solar
Técnicas de conservação de alimentos;
- secadores solares
- forno solares
- forno de barro
- sabão caseiro com reaproveitamento do óleo de cozinha usado
Técnicas de preparação de sementes;
- coleta de sementes
- secagem solar
- biofertilizantes aplicados na semente
- armazenagem correta
- banco e troca de sementes
- produção de mudas
- sementeiras
Técnicas de artesanatos;
- oficinas de arte reciclagem
- pintura, escultura, gravuras, colagem
- arte com materiais da natureza e do local
- mosaicos reciclados
Técnicas da culinária;
- reaproveitamento e reciclagem de alimentos na cozinha
- segurança alimentar e nutricional: da produção ao consumo
- medicina holística e plantas medicinais
- oficina do pão
- oficina do sabão
Técnicas de criação de animais de pequeno porte;
- galinheiro de piquete rotativo
- galinheiro móvel
- criação integrada de animais (galinhas, patos, coelhos, cabras, porcos, peixes,répteis)
Técnicas de geração de energias renováveis;
- tecnologias apropriadas
- energia solar
- aquecedor solar
- biodigestor
- fogão solar
- forno solar
- forno de barro
- reuso e reciclagem
Técnicas de produção de alimentos.
- viveiragem
- compostagem
- minhocário
- horticultura biointensiva
- hortas mandalas
- espiral de ervas medicinais
- agricultura orgânica e biodinâmica
- coberturas verdes e biofertilizantes
- formação de solo vivo
- aquacultura integrada
- Agroflorestas – florestas de alimentos
- agricultura apoiada na natureza

PERMACULTURA

CUIDAR DAR TERRA + CUIDAR DAS PESSOAS + REPARTIR EXCEDENTES = PERMACULTURA
 
Os Princípios da permacultura propostos por David Holmgren – co-autor da Permacultura, e evoluem através da FLOR DA PERMACULTURA como demonstra o desenho abaixo.
 
 

Princípios de Design em Permacultura
David Holmgren

1. Observe e Interaja
2. Capte e Armazene Energia
3. Obtenha Rendimento
4. Pratique a Auto-Regulação e Aceite o Feed Back
5. Use e Valorize os Serviços e Recursos Renováveis
6. Não produza Desperdício
7 . Design partindo de Padrões para chegar aos Detalhes
8. Integrar ao invés de segregar
9. Use soluções Pequenas e Lentas
10. Use e Valorize a Diversidade
11. Use as Bordas e valorize os Elementos Marginais
12. Use Criativamente e Responda as Mudanças

AUTOSSUSTENTABILIDADE

O que entendemos por AUTOSSUSTENTABILIADE?

A palavra "auto-sustentabilidade" anda tão em moda atualmente que vale algumas palavras sobre como entendemos o conceito e como buscamos aplicá-lo.

SUSTENTABILIDADE: GRANDE DESAFIO PARA AS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR

SUSTENTABILIDADE, consultando o dicionário... “ sustentar é : suster, suportar, amparar, escorar, manter, financiar, nutrir, alimentar, prover do necessário, fortificar, sofrer, resistir, conseguir os próprios meios de sobrevivência ou de financiamento ”. (Wikcionário) Vários autores...
  • Produzir e disseminar informações sobre o que é e o que faz o Terceiro Setor;
  • Melhorar a qualidade e eficiência da gestão de organizações e programas sociais;
  • Aumentar a base de recursos e a sustentabilidade das organizações da sociedade civil de caráter público;     
  • Criar condições para o aumento da participação voluntária dos cidadãos;
  • O reconhecimento por parte do Estado de que a parceria com a sociedade é que permite ampliar a mobilização de recursos para iniciativas de interesse público;
  • No mundo contemporâneo, a democracia como exercício quotidiano não é mais possível sem a presença e ação fiscalizadora dos cidadãos;
  • O papel de uma sociedade informada e atuante não é o de esperar tudo do Estado;
  • Cuidar junto aparece, cada vez mais, como alternativa eficiente e democrática.
  • Diretores, Gestores e Equipe precisam: buscar conhecer e desenvolver todas as possibilidades de obtenção de recursos, para tê-los em volume suficiente e de forma continuada, sem gerar dependência ou subordinação a nenhuma fonte individual de financiamento.
  • Todos precisam participar da captação de recursos
  • Alguns conceitos afins do que entedemos ser "Auto-sustentabilidade":
  •  Os gregos diziam que vida é aquilo que se move por si mesmo. A auto-sustentabilidade é a condição pela qual um ente mantém seu equilíbrio existencial, ou melhor, sua vida. “ A necessidade que as organizações têm de gerar recursos próprios para financiar suas atividades”.
  • Política social não se faz somente com dinheiro. É necessário ter muita criatividade para possuir sempre idéias novas. Ruth Cardoso “ O grande capital do Terceiro Setor não é o dinheiro, não é o poder. São os seus valores e princípios e é através destas características que ele se tornou estratégico para o nosso país”. Luís Carlos Merege
  • A auto-sustentabilidade não é uma questão que está ancorada na dimensão financeira. A sustentabilidade financeira deve ser encarada como conseqüência de uma série de outros fatores. principalmente a sustentabilidade institucional. Abrange a organização como um todo: pessoas, princípios, valores e missão, tarefa esta muito mais complexa.
  • A Sustentabilidade saudável que não existe sem ser conjugado com o princípio de Responsabilidade. Contribui para a produção de uma nova cultura, estimula a educação, injeta criatividade. Vivemos numa cultura que sofre por causa da dependência. Impede a visão empreendedora.
  • CADA ENTIDADE DEVE TER O SEU PLANEJAMENTO DE SUSTENTABILIDADE
  • Check-list : Recursos Humanos Aspectos/Principais questionamentos Quadro de pessoal 1) Como a equipe está estruturada em termos de voluntários e funcionários? 2) Quais são as responsabilidades de cada um? 3) Quais são as habilidades desses profissionais e voluntários? 4) Qual a formação dos profissionais e dos voluntários envolvidos? 5) Há necessidade de recursos humanos? Profissional de captação 1) Possui profissional de captação? Quantos? 2) Qual sua formação?
  • FONTES/FORMAS DE SUSTENTABILIDADE Receitas próprias, Governo, Doações privadas, Indivíduos, Fontes Empresas
  • Que relação existe entre auto-sustentabilidade e parceria? Há uma estreita relação! Parceria é uma atitude de abertura!
  • A auto-sustentabilidade é um desafio contínuo; nunca será uma conquista assegurada. Assim como nunca podemos dizer que a nossa vida já está completamente assegurada. É uma busca contínua que revela a tensão subjetiva da vida de uma instituição ou de um projeto social.
  • Para que seja uma realidade muitos fatores colaboram. Evitemos a identificação de auto-sustentabilidade com auto-suficiência. A auto-sustentabilidade só é possível porque é a consequência de relações e, sem isso, não existe.
  • Trabalhos de pesquisa em harmonia com a natureza, promovendo um desenvolvimento sustentável, sempre levando em consideração as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global;
  • Pesquisa de fontes alternativas de energia, como os biocombustíveis;
  • Pesquisa em biotecnologias, como os alimentos transgênicos, para suportar o aumento no consumo de alimentos no mundo, e as pesquisas com o genoma humano. Sobre este último ponto, a pesquisadora explicou a importância do mapeamento de DNAs. “As pesquisas indicam que futuramente será possível mapear o DNA de uma pessoa ao custo de mil dólares. Isso é importante na pesquisa sobre doenças e mutações humanas. Uma idéia é fazer um banco de mapeamentos de DNA de idosos saudáveis para futuras pesquisas”, disse. Da mesma forma são as pesquisas com células-tronco e terapia celular: bancos de células-tronco de pessoas com doenças genéticas e de pessoas normais contribuiriam para o estudo dessas patologias.

 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 Já o pesquisador José Galizia Tundisi, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que também é diretor do Instituto Internacional de Ecologia, apresentou propostas baseadas principalmente no desenvolvimento de pesquisas que levem em conta a utilização sustentável dos recursos naturais brasileiros. Ele lembrou a platéia que 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional depende da utilização dos recursos hídricos, e que seu uso sustentável é essencial para o desenvolvimento do País.

Para Tundisi,  da USP, as Universidades deveriam estímular a criatividade e a inovação, na formação de lideranças políticas, na promoção de políticas públicas e empreendedorismo atreladas às pesquisas, e na disseminação dos conhecimentos produzidos na Universidade. “Só a produção do conhecimento não é a solução. É preciso levar a produção cientifica à sociedade. Nossa ideia é transformar um planeta limitado num planeta ilimitado. Para isso devemos formar artistas pensando como engenheiros, assim como engenheiros que pensam como artistas” afirma.

 EMPRESAS FINANCIANDO PESQUISAS:

 José Fernando Perez, graduado pela Escola Politécnica (Poli) e pesquisador do Instituto de Física (IF) da USP, focou-se na participação de empresas privadas na Universidade. Segundo Perez, o Brasil tem todos os recursos necessários para o desenvolvimento tecnológico: há muitos profissionais altamente qualificados, os custos são baixos e o País possui toda a infra-estrutura necessária.

Ele utilizou como exemplo a sua própria empresa, a Recepta Biopharma, criada para desenvolver biotecnologias para o tratamento de câncer no Brasil. “Além dos profissionais e infra-estrutura, o Brasil precisa de novas drogas para o tratamento do câncer e para diminuir o valor das importações de remédios”, disse.

O professor defendeu parcerias entre Universidade e empresas privadas para o financiamento de projetos científicos, com a permissão de licenças exclusivas para os produtos criados a partir das pesquisas. Ele ressalta que a transferência de conhecimento para a sociedade, não precisa ser feita necessariamente com pesquisas ou parcerias, ela pode ser realizada com a formação de profissionais altamente qualificados para o mercado de trabalho.