sábado, 25 de agosto de 2012

AUTOSSUSTENTABILIDADE

O que entendemos por AUTOSSUSTENTABILIADE?

A palavra "auto-sustentabilidade" anda tão em moda atualmente que vale algumas palavras sobre como entendemos o conceito e como buscamos aplicá-lo.

SUSTENTABILIDADE: GRANDE DESAFIO PARA AS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR

SUSTENTABILIDADE, consultando o dicionário... “ sustentar é : suster, suportar, amparar, escorar, manter, financiar, nutrir, alimentar, prover do necessário, fortificar, sofrer, resistir, conseguir os próprios meios de sobrevivência ou de financiamento ”. (Wikcionário) Vários autores...
  • Produzir e disseminar informações sobre o que é e o que faz o Terceiro Setor;
  • Melhorar a qualidade e eficiência da gestão de organizações e programas sociais;
  • Aumentar a base de recursos e a sustentabilidade das organizações da sociedade civil de caráter público;     
  • Criar condições para o aumento da participação voluntária dos cidadãos;
  • O reconhecimento por parte do Estado de que a parceria com a sociedade é que permite ampliar a mobilização de recursos para iniciativas de interesse público;
  • No mundo contemporâneo, a democracia como exercício quotidiano não é mais possível sem a presença e ação fiscalizadora dos cidadãos;
  • O papel de uma sociedade informada e atuante não é o de esperar tudo do Estado;
  • Cuidar junto aparece, cada vez mais, como alternativa eficiente e democrática.
  • Diretores, Gestores e Equipe precisam: buscar conhecer e desenvolver todas as possibilidades de obtenção de recursos, para tê-los em volume suficiente e de forma continuada, sem gerar dependência ou subordinação a nenhuma fonte individual de financiamento.
  • Todos precisam participar da captação de recursos
  • Alguns conceitos afins do que entedemos ser "Auto-sustentabilidade":
  •  Os gregos diziam que vida é aquilo que se move por si mesmo. A auto-sustentabilidade é a condição pela qual um ente mantém seu equilíbrio existencial, ou melhor, sua vida. “ A necessidade que as organizações têm de gerar recursos próprios para financiar suas atividades”.
  • Política social não se faz somente com dinheiro. É necessário ter muita criatividade para possuir sempre idéias novas. Ruth Cardoso “ O grande capital do Terceiro Setor não é o dinheiro, não é o poder. São os seus valores e princípios e é através destas características que ele se tornou estratégico para o nosso país”. Luís Carlos Merege
  • A auto-sustentabilidade não é uma questão que está ancorada na dimensão financeira. A sustentabilidade financeira deve ser encarada como conseqüência de uma série de outros fatores. principalmente a sustentabilidade institucional. Abrange a organização como um todo: pessoas, princípios, valores e missão, tarefa esta muito mais complexa.
  • A Sustentabilidade saudável que não existe sem ser conjugado com o princípio de Responsabilidade. Contribui para a produção de uma nova cultura, estimula a educação, injeta criatividade. Vivemos numa cultura que sofre por causa da dependência. Impede a visão empreendedora.
  • CADA ENTIDADE DEVE TER O SEU PLANEJAMENTO DE SUSTENTABILIDADE
  • Check-list : Recursos Humanos Aspectos/Principais questionamentos Quadro de pessoal 1) Como a equipe está estruturada em termos de voluntários e funcionários? 2) Quais são as responsabilidades de cada um? 3) Quais são as habilidades desses profissionais e voluntários? 4) Qual a formação dos profissionais e dos voluntários envolvidos? 5) Há necessidade de recursos humanos? Profissional de captação 1) Possui profissional de captação? Quantos? 2) Qual sua formação?
  • FONTES/FORMAS DE SUSTENTABILIDADE Receitas próprias, Governo, Doações privadas, Indivíduos, Fontes Empresas
  • Que relação existe entre auto-sustentabilidade e parceria? Há uma estreita relação! Parceria é uma atitude de abertura!
  • A auto-sustentabilidade é um desafio contínuo; nunca será uma conquista assegurada. Assim como nunca podemos dizer que a nossa vida já está completamente assegurada. É uma busca contínua que revela a tensão subjetiva da vida de uma instituição ou de um projeto social.
  • Para que seja uma realidade muitos fatores colaboram. Evitemos a identificação de auto-sustentabilidade com auto-suficiência. A auto-sustentabilidade só é possível porque é a consequência de relações e, sem isso, não existe.
  • Trabalhos de pesquisa em harmonia com a natureza, promovendo um desenvolvimento sustentável, sempre levando em consideração as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global;
  • Pesquisa de fontes alternativas de energia, como os biocombustíveis;
  • Pesquisa em biotecnologias, como os alimentos transgênicos, para suportar o aumento no consumo de alimentos no mundo, e as pesquisas com o genoma humano. Sobre este último ponto, a pesquisadora explicou a importância do mapeamento de DNAs. “As pesquisas indicam que futuramente será possível mapear o DNA de uma pessoa ao custo de mil dólares. Isso é importante na pesquisa sobre doenças e mutações humanas. Uma idéia é fazer um banco de mapeamentos de DNA de idosos saudáveis para futuras pesquisas”, disse. Da mesma forma são as pesquisas com células-tronco e terapia celular: bancos de células-tronco de pessoas com doenças genéticas e de pessoas normais contribuiriam para o estudo dessas patologias.

 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 Já o pesquisador José Galizia Tundisi, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que também é diretor do Instituto Internacional de Ecologia, apresentou propostas baseadas principalmente no desenvolvimento de pesquisas que levem em conta a utilização sustentável dos recursos naturais brasileiros. Ele lembrou a platéia que 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional depende da utilização dos recursos hídricos, e que seu uso sustentável é essencial para o desenvolvimento do País.

Para Tundisi,  da USP, as Universidades deveriam estímular a criatividade e a inovação, na formação de lideranças políticas, na promoção de políticas públicas e empreendedorismo atreladas às pesquisas, e na disseminação dos conhecimentos produzidos na Universidade. “Só a produção do conhecimento não é a solução. É preciso levar a produção cientifica à sociedade. Nossa ideia é transformar um planeta limitado num planeta ilimitado. Para isso devemos formar artistas pensando como engenheiros, assim como engenheiros que pensam como artistas” afirma.

 EMPRESAS FINANCIANDO PESQUISAS:

 José Fernando Perez, graduado pela Escola Politécnica (Poli) e pesquisador do Instituto de Física (IF) da USP, focou-se na participação de empresas privadas na Universidade. Segundo Perez, o Brasil tem todos os recursos necessários para o desenvolvimento tecnológico: há muitos profissionais altamente qualificados, os custos são baixos e o País possui toda a infra-estrutura necessária.

Ele utilizou como exemplo a sua própria empresa, a Recepta Biopharma, criada para desenvolver biotecnologias para o tratamento de câncer no Brasil. “Além dos profissionais e infra-estrutura, o Brasil precisa de novas drogas para o tratamento do câncer e para diminuir o valor das importações de remédios”, disse.

O professor defendeu parcerias entre Universidade e empresas privadas para o financiamento de projetos científicos, com a permissão de licenças exclusivas para os produtos criados a partir das pesquisas. Ele ressalta que a transferência de conhecimento para a sociedade, não precisa ser feita necessariamente com pesquisas ou parcerias, ela pode ser realizada com a formação de profissionais altamente qualificados para o mercado de trabalho.

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