sábado, 25 de agosto de 2012

JARDINS COMESTÍVEIS EM HORTAS MANDALAS

 
 
Jardins são locais onde plantamos flores e folhagens a fim de embelezar o entorno de nossas casas. Mas podemos aproveitar estes espaços para produzir alimentos, plantas medicinais e aromáticas, assim os jardins além de bonitos podem ser úteis.

Desta forma é possível associar a função paisagística de um jardim as nossas necessidades diárias como a produção de temperos, chás, verduras, legumes e frutas entre outras plantas úteis ao cotidiano.

As diferentes formas, tipos e composição de plantas formam um bonito jardim, diversificado e útil. Podemos consorciar as plantas observando as diversas formas de raízes e arquitetura das plantas, aproveitando melhor os espaços dando uma utilidade maior para o nosso jardim.
 
 
 
 

COMPOSTAGEM

O “Lixo” da Horta

Toda Horta e Jardim irá gerar uma grande quantidade de resíduos orgânicos, como restos
de culturas, ervas invasoras e restos de podas.

Todo esse material pode e deve ser compostado (colocado para curtir) para ser
transformado em composto orgânico que é essencial para o desenvolvimento dos
vegetais.

O processo de compostagem nada mais é o resultado do trabalho dos microorganismos
(bactérias) que irão transformar todo o material orgânico em húmus, material rico em
macro e micro nutrientes e com VIDA.

Esse composto será o melhor aditivo ORGÂNICO que sua horta irá receber.
Para manter o processo em funcionamento não deixe secar, mas não deixe encharcar e
mantenha-o arejado, retirando sempre que possível o material já processado pelo fundo
do tambor.

Você irá identificar facilmente o material pronto pois será muito parecido com terra preta
tanto na textura quanto no aroma.

IMPORTANTE: O PROCESSO DE COMPOSTAGEM NÃO EXALA MAL CHEIRO E NÃO
ATRAI INSETOS, CASO ISSO ESTEJA ACONTECENDO O PROCESSO ESTÁ
ERRADO E DEVE SER REAVALIADO

A Seguir vamos aprender como construir uma composteira em um tambor de plástico e
como acondicionar os resíduos orgânicos de forma que se transformem num excelente
aditivo para sua horta.

Primeiramente você vai precisar de um tambor de plástico de tamanho proporcional ao de
sua horta ou jardim, no exemplo utilizamos um tambor de 200 litros.

HORTA ORGÂNICA DOMÉSTICA

FERRAMENTAS, UTENSÍLIOS E INSUMOS

Para manter uma horta, por menor que seja, serão necessárias algumas ferramentas,
utensílios e insumos agrícolas.

A lista apresentada a seguir tem como objetivo listar os materiais de uso comum.
Esses materiais são fáceis de se encontrar em lojas de jardinagem a preços bem
acessíveis.

Dependendo do tamanho de sua horta alguns não serão necessários, portanto o bom
senso terá que prevalecer quando for fazer sua aquisição.

IMPORTANTE: Dê sempre preferência a utilizar insumos orgânicos de empresas
especializadas e evite utilizar terra preta em sua horta, pois pode conter pragas e
doenças.

Com relação às ferramentas mantenha-as sempre limpas para que não se transformem
em veículo de transmissão de doenças entre as plantas.

 
UTENSÍLIOS:

· Luvas

· Barbante / Fitilho

· Balde de plástico

· Bandeja plástica grande

· Bandeja para produção de mudas

· Mangueira

· Regador

· Pulverizador

INSUMOS:

· Composto orgânico

· BOKASHI – Adubo orgânico concentrado

· Açúcar mascavo – para produção de adubo foliar

· Húmus de minhoca – para produção de adubo foliar

· Sulfato de cobre – para produção da calda bordalesa

· Composto Orgânico

IMPORTANTE: Não utilize os utensílios da sua cozinha em suas atividades de jardinagem.

 
FERRAMENTAS:

· Enxada

· Enxadão

· Rastelo / Ancinho

· Pá curva

· Pá de corte

· Sacho

· Jogo de ferramentas pequenas para jardim – Escarificador / Colher de jardim / Arrancador de inço

· Carrinho de mão

· Transplantador

· Tesoura de poda

 

SOSOL ASBC

Este manual faz parte de um dos projetos da Sociedade do Sol, denominado Aquecedor

Solar de Baixo Custo ou simplesmente ASBC. O ASBC é um projeto para livre utilização da

população, cuja tecnologia, por sua simplicidade, não é patenteável. Seus principais objetivos

são: melhoria social, preservação ambiental, conservação de energia, possibilidade de

geração de empregos, economia financeira familiar e nacional (8 a 9% da demanda elétrica) e

redução de emissões do gás estufa - CO2. Assim, as informações deste manual podem ser

utilizadas e repassadas para outros interessados na montagem de um sistema ASBC.
 

As principais características do sistema ASBC são: possibilidade de manufatura em

regime de "bricolagem" (autoconstrução) e o uso de material de baixo custo encontrado em

lojas de construção. Com o auxílio do presente manual o leitor irá conhecer as peças, as

ferramentas e os complementos necessários para realizar a montagem de um sistema ASBC

com capacidade de aquecimento de 200 litros de água, que poderá atender a demanda de

água quente para banho de uma família de 4 a 6 pessoas.

 
A Sociedade do Sol acredita que assim estará colaborando para que essa família

reduza seus gastos com energia elétrica em pelo menos 30% dos valores atuais de consumo,

ampliando sua auto-estima com o prazer de poder produzir em sua casa grande parte da

energia térmica utilizada no banho.

 
Esperamos que o leitor consiga manufaturar (construir) seu sistema ASBC somente com

as orientações disponíveis neste manual. Caso tenha dificuldades, a SoSol se coloca à

disposição por meio de contato telefônico ou e-mail para colaborar nos esclarecimentos das

eventuais dúvidas. Por outro lado, caso tenha interesse em conhecer melhor esse projeto o

leitor está convidado a participar de um curso promovido nas instalações da SoSol, onde

entre outras informações aprenderá detalhadamente a manufatura do sistema ASBC.


NÓS, DA COLMEIA DE SABERES, APOIAMOS ESSA IDEIA E DIVULGAMO-NA PARA TODOS OS INTERESSADOS.

A ORQUÍDEA E O ZANGÃO

As abelhas têm uma vida atarefada, visita centenas de flores por dia e transporta o néctar para a colméia. Quando chega a primavera, os zangões procuram uma parceira. Para isso, confiam na visão e no olfato.

Mas existe uma flor mais esperta que o zangão e finge que é uma abelha pra chamar sua atenção, a orquídea.

Várias orquídeas silvestres precisam enviar “encomendas” de pólen para outras orquídeas. As abelhas são os mensageiros ideais. Mas visto que elas não tem um néctar gostoso para oferecer, têm de recorrer a uma isca. Elas tomam a forma e exalam um aroma de abelha fêmea. O zangão fica todo assanhado e tenta se acasalar com a flor.

Cada espécie de orquídea tem seu próprio disfarce e aroma.

MALLORCA

Quando o zangão percebe o engano, a orquídea já depositou o pólen pegajoso no seu corpo. Ele sai voando, mas acaba sendo enganado por outra orquídea, que recebe o pólen. E assim vai passando de flor em flor.
Depois de vários enganos desses, o zangão aprende que não se pode confiar nas orquídeas.
A essas alturas, ele provavelmente já terá polinizado algumas flores.

Como essas orquídeas irracionais adquiriram o cheiro e o aspecto corretos para enganar as abelhas, isso só a Mãe Natureza saberia dizer.
OPHHRYS SCOLOPAE
 



HISTÓRIA SURPREENDENTE DAS ABELHAS I

 
A abelha é um membro da família
 
As abelhas, que trazem riqueza natural como cera, mel, entre outros produtos, eram consideradas importantes na família, tanto quanto o criador. Por isso, existe um velho costume de relatar as abelhas nos acontecimentos importantes dentro da família. Na Inglaterra, quando o criador morre, relata-se minuciosamente a causa da morte após bater 3 vezes a colmeia com a chave da casa, e envolve-se a colmeia com pano preto, indicando o luto. Dizem que se deixar de cumprir o ritual, as abelhas que estão chorando pela morte fogem do ninho ou se suicidam em massa. Estes costumes foram observados também na tribo indígena Ozaak nos Estados Unidos da América. Parece que tais costumes vieram junto com a civilização Europeia.
 
Na Inglaterra, quando a filha do criador vai casar, precisa relatar às abelhas e é necessário apresentar claramente o nome do noivo, senão as abelhas ficam iradas e atacam as pessoas. Estes exemplos podem dizer que o relacionamento psicológico com as abelhas persiste na Europa, onde a criação de abelhas é bastante praticada.
 
(Publicação: Masayasu Konishi (1992), “História Cultural dos Insetos”, Jornal Asahi

AQUECEDOR SOLAR DE BAIXO CUSTO

PROJETO ABELHA SEM FERRÃO

O Projeto ABELHA SEM FERRÃO da COLMEIA DE SABERES CAMPESTRE/MG tem como objetivo:

1o.) Promover o Intercambio e Cooperação Técnica para a informação, difusão e salvaguarda da cultura das abelinhas nativas indígenas sem ferrão na região sul do Brasil;

2o.) Vamos testar, durante o segundo semestre de 201..., a adaptação dessas abelhinhas na nossa região (CAMPESTRE/SUL DE MINAS) e, futuramente, trocar as abelhas africanas por essas, que qualquer pessoa pode cuidar sem perigo.

PROPOSTAS PRÁTICAS

COLMEIA DE SABERES AUTO-SUSTENTÁVEIS/CAMPESTRE-MG
 
Buscamos essas técnicas e propomos, até 2016, COLMEIA DE SABERES AUTO-SUSTENTÁVEIS CAMPESTRE/MG a realização de mais da metade delas. Interessados em fazer parte desse projeto, entrar em contato pelo email: colmeiadesaberes@gmail.com
 
Técnicas de construções rurais;
- construções com materiais naturais locais
- técnicas tradicionais, ancestrais e inovadoras de contrução (COB, pau-a-pique, adobe, super adobe, taipa, bambu, etc)
- construções com design passivo solar
- construções com materiais reciclados
- construções de baixo custo
- construções pelo proprietário ou mutirão
- energias renováveis e bioenergias
- captação de água da chuva
- cisternas autoconstrutivas
- telhados vivos
- aplicação de design permacultural nas construções rurais
- ferramentas manuais
Técnicas de saneamento básico;
- coleta e armazenagem da água da chuva
- circulos de bananeiras
- filtros de tratamento biológico
- reuso e reciclagem da água doméstica
- câmara de evapotranspiração
- banheiro seco e solar
Técnicas de conservação de alimentos;
- secadores solares
- forno solares
- forno de barro
- sabão caseiro com reaproveitamento do óleo de cozinha usado
Técnicas de preparação de sementes;
- coleta de sementes
- secagem solar
- biofertilizantes aplicados na semente
- armazenagem correta
- banco e troca de sementes
- produção de mudas
- sementeiras
Técnicas de artesanatos;
- oficinas de arte reciclagem
- pintura, escultura, gravuras, colagem
- arte com materiais da natureza e do local
- mosaicos reciclados
Técnicas da culinária;
- reaproveitamento e reciclagem de alimentos na cozinha
- segurança alimentar e nutricional: da produção ao consumo
- medicina holística e plantas medicinais
- oficina do pão
- oficina do sabão
Técnicas de criação de animais de pequeno porte;
- galinheiro de piquete rotativo
- galinheiro móvel
- criação integrada de animais (galinhas, patos, coelhos, cabras, porcos, peixes,répteis)
Técnicas de geração de energias renováveis;
- tecnologias apropriadas
- energia solar
- aquecedor solar
- biodigestor
- fogão solar
- forno solar
- forno de barro
- reuso e reciclagem
Técnicas de produção de alimentos.
- viveiragem
- compostagem
- minhocário
- horticultura biointensiva
- hortas mandalas
- espiral de ervas medicinais
- agricultura orgânica e biodinâmica
- coberturas verdes e biofertilizantes
- formação de solo vivo
- aquacultura integrada
- Agroflorestas – florestas de alimentos
- agricultura apoiada na natureza

PERMACULTURA

CUIDAR DAR TERRA + CUIDAR DAS PESSOAS + REPARTIR EXCEDENTES = PERMACULTURA
 
Os Princípios da permacultura propostos por David Holmgren – co-autor da Permacultura, e evoluem através da FLOR DA PERMACULTURA como demonstra o desenho abaixo.
 
 

Princípios de Design em Permacultura
David Holmgren

1. Observe e Interaja
2. Capte e Armazene Energia
3. Obtenha Rendimento
4. Pratique a Auto-Regulação e Aceite o Feed Back
5. Use e Valorize os Serviços e Recursos Renováveis
6. Não produza Desperdício
7 . Design partindo de Padrões para chegar aos Detalhes
8. Integrar ao invés de segregar
9. Use soluções Pequenas e Lentas
10. Use e Valorize a Diversidade
11. Use as Bordas e valorize os Elementos Marginais
12. Use Criativamente e Responda as Mudanças

AUTOSSUSTENTABILIDADE

O que entendemos por AUTOSSUSTENTABILIADE?

A palavra "auto-sustentabilidade" anda tão em moda atualmente que vale algumas palavras sobre como entendemos o conceito e como buscamos aplicá-lo.

SUSTENTABILIDADE: GRANDE DESAFIO PARA AS INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR

SUSTENTABILIDADE, consultando o dicionário... “ sustentar é : suster, suportar, amparar, escorar, manter, financiar, nutrir, alimentar, prover do necessário, fortificar, sofrer, resistir, conseguir os próprios meios de sobrevivência ou de financiamento ”. (Wikcionário) Vários autores...
  • Produzir e disseminar informações sobre o que é e o que faz o Terceiro Setor;
  • Melhorar a qualidade e eficiência da gestão de organizações e programas sociais;
  • Aumentar a base de recursos e a sustentabilidade das organizações da sociedade civil de caráter público;     
  • Criar condições para o aumento da participação voluntária dos cidadãos;
  • O reconhecimento por parte do Estado de que a parceria com a sociedade é que permite ampliar a mobilização de recursos para iniciativas de interesse público;
  • No mundo contemporâneo, a democracia como exercício quotidiano não é mais possível sem a presença e ação fiscalizadora dos cidadãos;
  • O papel de uma sociedade informada e atuante não é o de esperar tudo do Estado;
  • Cuidar junto aparece, cada vez mais, como alternativa eficiente e democrática.
  • Diretores, Gestores e Equipe precisam: buscar conhecer e desenvolver todas as possibilidades de obtenção de recursos, para tê-los em volume suficiente e de forma continuada, sem gerar dependência ou subordinação a nenhuma fonte individual de financiamento.
  • Todos precisam participar da captação de recursos
  • Alguns conceitos afins do que entedemos ser "Auto-sustentabilidade":
  •  Os gregos diziam que vida é aquilo que se move por si mesmo. A auto-sustentabilidade é a condição pela qual um ente mantém seu equilíbrio existencial, ou melhor, sua vida. “ A necessidade que as organizações têm de gerar recursos próprios para financiar suas atividades”.
  • Política social não se faz somente com dinheiro. É necessário ter muita criatividade para possuir sempre idéias novas. Ruth Cardoso “ O grande capital do Terceiro Setor não é o dinheiro, não é o poder. São os seus valores e princípios e é através destas características que ele se tornou estratégico para o nosso país”. Luís Carlos Merege
  • A auto-sustentabilidade não é uma questão que está ancorada na dimensão financeira. A sustentabilidade financeira deve ser encarada como conseqüência de uma série de outros fatores. principalmente a sustentabilidade institucional. Abrange a organização como um todo: pessoas, princípios, valores e missão, tarefa esta muito mais complexa.
  • A Sustentabilidade saudável que não existe sem ser conjugado com o princípio de Responsabilidade. Contribui para a produção de uma nova cultura, estimula a educação, injeta criatividade. Vivemos numa cultura que sofre por causa da dependência. Impede a visão empreendedora.
  • CADA ENTIDADE DEVE TER O SEU PLANEJAMENTO DE SUSTENTABILIDADE
  • Check-list : Recursos Humanos Aspectos/Principais questionamentos Quadro de pessoal 1) Como a equipe está estruturada em termos de voluntários e funcionários? 2) Quais são as responsabilidades de cada um? 3) Quais são as habilidades desses profissionais e voluntários? 4) Qual a formação dos profissionais e dos voluntários envolvidos? 5) Há necessidade de recursos humanos? Profissional de captação 1) Possui profissional de captação? Quantos? 2) Qual sua formação?
  • FONTES/FORMAS DE SUSTENTABILIDADE Receitas próprias, Governo, Doações privadas, Indivíduos, Fontes Empresas
  • Que relação existe entre auto-sustentabilidade e parceria? Há uma estreita relação! Parceria é uma atitude de abertura!
  • A auto-sustentabilidade é um desafio contínuo; nunca será uma conquista assegurada. Assim como nunca podemos dizer que a nossa vida já está completamente assegurada. É uma busca contínua que revela a tensão subjetiva da vida de uma instituição ou de um projeto social.
  • Para que seja uma realidade muitos fatores colaboram. Evitemos a identificação de auto-sustentabilidade com auto-suficiência. A auto-sustentabilidade só é possível porque é a consequência de relações e, sem isso, não existe.
  • Trabalhos de pesquisa em harmonia com a natureza, promovendo um desenvolvimento sustentável, sempre levando em consideração as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global;
  • Pesquisa de fontes alternativas de energia, como os biocombustíveis;
  • Pesquisa em biotecnologias, como os alimentos transgênicos, para suportar o aumento no consumo de alimentos no mundo, e as pesquisas com o genoma humano. Sobre este último ponto, a pesquisadora explicou a importância do mapeamento de DNAs. “As pesquisas indicam que futuramente será possível mapear o DNA de uma pessoa ao custo de mil dólares. Isso é importante na pesquisa sobre doenças e mutações humanas. Uma idéia é fazer um banco de mapeamentos de DNA de idosos saudáveis para futuras pesquisas”, disse. Da mesma forma são as pesquisas com células-tronco e terapia celular: bancos de células-tronco de pessoas com doenças genéticas e de pessoas normais contribuiriam para o estudo dessas patologias.

 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 Já o pesquisador José Galizia Tundisi, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e que também é diretor do Instituto Internacional de Ecologia, apresentou propostas baseadas principalmente no desenvolvimento de pesquisas que levem em conta a utilização sustentável dos recursos naturais brasileiros. Ele lembrou a platéia que 70% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional depende da utilização dos recursos hídricos, e que seu uso sustentável é essencial para o desenvolvimento do País.

Para Tundisi,  da USP, as Universidades deveriam estímular a criatividade e a inovação, na formação de lideranças políticas, na promoção de políticas públicas e empreendedorismo atreladas às pesquisas, e na disseminação dos conhecimentos produzidos na Universidade. “Só a produção do conhecimento não é a solução. É preciso levar a produção cientifica à sociedade. Nossa ideia é transformar um planeta limitado num planeta ilimitado. Para isso devemos formar artistas pensando como engenheiros, assim como engenheiros que pensam como artistas” afirma.

 EMPRESAS FINANCIANDO PESQUISAS:

 José Fernando Perez, graduado pela Escola Politécnica (Poli) e pesquisador do Instituto de Física (IF) da USP, focou-se na participação de empresas privadas na Universidade. Segundo Perez, o Brasil tem todos os recursos necessários para o desenvolvimento tecnológico: há muitos profissionais altamente qualificados, os custos são baixos e o País possui toda a infra-estrutura necessária.

Ele utilizou como exemplo a sua própria empresa, a Recepta Biopharma, criada para desenvolver biotecnologias para o tratamento de câncer no Brasil. “Além dos profissionais e infra-estrutura, o Brasil precisa de novas drogas para o tratamento do câncer e para diminuir o valor das importações de remédios”, disse.

O professor defendeu parcerias entre Universidade e empresas privadas para o financiamento de projetos científicos, com a permissão de licenças exclusivas para os produtos criados a partir das pesquisas. Ele ressalta que a transferência de conhecimento para a sociedade, não precisa ser feita necessariamente com pesquisas ou parcerias, ela pode ser realizada com a formação de profissionais altamente qualificados para o mercado de trabalho.